Como um banco opera e Por que é tão difícil conseguir empréstimos no contexto brasileiro?

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               Para iniciar, você sabe o que é um banco? Bem, sabemos que essa instituição está presente constantemente em nosso dia a dia quando guardamos ou sacamos dinheiro, pagamos contas, solicitamos empréstimo, financiamentos, transações e investimentos. Mas, você saberia definir o que ele é?

               Para entendermos melhor, façamos uma distinção de dois grupos: os poupadores e os investidores. Os primeiros são aqueles que acumulam recursos provenientes de algum tipo de renda, seja trabalho, lucros, vendas, herança e etc. Basicamente, são aqueles que possuem dinheiro sobrando e, dessa maneira, podem emprestá-lo. O outro nicho, dos investidores, abrange todos aqueles que precisam de recursos para aplicar em produção, instalação, aquisição de bens, ou até mesmo pagamento de dívidas. Ou seja, são aqueles que precisam de dinheiro emprestado.

               Sim! O banco é a instituição financeira que fará o link, a ponte entre esses dois grupos. Ele pegará o dinheiro de um poupador e irá remunerá-lo com um valor maior do que colocado por ele (as taxas atuais variam de 0,4% a 0,8% ao mês, basicamente, para uma modalidade conservadora, a depender de muitas variáveis). Dessa forma, ele emprestará ao investidor, o tomador de recursos, e cobrará dele juros, normalmente maiores que 0,9% e que podem chegar a 5% ou mais, dependendo de muitos fatores. Mas, vocês notaram que a taxa de remuneração ao poupador é menor que os juros cobrados pelo empréstimo?

            Exatamente! No mundo financeiro, esse é o chamado spread bancário. É a diferença entre os juros de remuneração e os juros cobrados pelo empréstimo. É dessa forma, de maneira geral, que o banco tira seus lucros e dividendos.

               De acordo com a Trading Economics, o Brasil possui uma das maiores taxas do mundo para quem toma capital emprestado e um alto spread. A elevada inadimplência, tributos sobre transações financeiras, segmentação do crédito, excesso de recolhimentos bancários compulsórios e altos custos administrativos compõem, basicamente, os fatores responsáveis pelas altas taxas. Muitos desses estão relacionados à postura do consumidor brasileiro, o que dificulta a ação de órgãos como a FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos) e o BACEN (Banco Central) para reverter este cenário. Até a lentidão e condescendência do Judiciário com os devedores influencia nessas questões.

               É um assunto complexo, que depende de muitos fatores. Mas o que nós, consumidores, podemos fazer para mudar essa realidade? Bem, a gestão correta de recursos, dentro dos nossos lares e empresas já ajuda bastante, por exemplo. Esta prática tende a aumentar o número de poupadores e investidores, uma vez que as instituições financeiras reduziriam as taxas de empréstimo. Os bancos preferem juros mais baixos, pois assim aumentam os empréstimos, reduzem os prejuízos e lucram mais. Além disso, os investidores se desenvolvem, as pessoas compram mais e a economia nacional se fortalece. Todo mundo ganha!

               Existem muitas maneiras de melhorar a administração financeira. Se você é um endividado, busque listar todas as suas dívidas, tome nota de suas receitas e reduza os gastos. Existem aplicativos gratuitos hoje, como o Guiabolso, Mobills e Google Keep que podem nos ajudar a realizar uma gestão financeira adequada e saudável. Seja você o comandante das suas próprias finanças e não se perca nesse complexo do mundo bancário, pois restabelecer depois é muito mais difícil do que controlar agora!

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